Dez Razões para Você não Optar pelo Subsídio

01 O seu salário será pago na forma de subsídio, ou seja, você não contará mais com os adicionais por tempo de serviço e nem com a sexta parte. Pela carreira atual, após vinte anos de serviço, você teria direito a quatro quinquênios (20%) e mais a sexta parte. Como você tem até dois anos para decidir, aguarde o próximo governo.

02 Caso opte pelo subsídio, não poderá voltar atrás.

03 Com os descontos, o subsídio no valor de R$ 5 mil ficará reduzido no máximo a R$ 3.800 (três mil e oitocentos reais), o que atualmente corresponde ao piso salarial nacional.

04 O subsídio não contempla os aposentados e pensionistas. Ou seja, quando você chegar lá, ficará ao léu, sem perspectiva de reajustes. Na prática você sai da carreira.

05 Muitas das gratificações previstas você já tem direito.

06 Muitas das medidas propostas ficam sujeitas à regulamentação (decretos e resoluções por parte do poder executivo) e, portanto, não sabemos qual será o seu conteúdo.

07 Você será avaliado, não pelo seu trabalho real, mas por competências e habilidades, ainda não definidas.

08 Toda a jornada de trabalho será feita na escola. Nesse caso deixa de existir parte de jornada em local de livre escolha.

09 Sua evolução será feita com base em provas e avaliações de desempenho, cujos critérios ainda não estão estabelecidos e carregam alta carga de subjetividade. Depende de quem avalia (escola ou SEDUC). Na prática, sua experiência e o seu tempo de exercício profissional não serão mais considerados.

10 A chamada trilha de evolução na carreira (15 referências) fará com que você leve pelo menos vinte e oito anos para alcançar a 11ª referência, isso se tudo correr bem durante o percurso da trilha.

Não se apresse. Você tem até 24 meses para decidir.

E temos vantagem sobre o governo: seis meses para concretizarmos a possibilidade real de mudar a correlação de forças na Assembleia Legislativa e no Palácio dos Bandeirantes e, assim, fazer resgatar a nossa carreira. Pense bem e vote consciente.

Autoria: Prof. Dr. João Cardoso Palma Filho